Depois de professar a crença em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do Céu e da terra, o Credo Apostólico professa a crença em Jesus Cristo, e sobre isso iremos dissertar sucintamente neste boletim.
O Senhor Jesus Cristo sempre existiu como o eterno Filho de Deus. Ele é a segunda pessoa da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Segundo a Bíblia Sagrada, o Filho é da mesma essência do Pai e do Espírito Santo, e possui os mesmos atributos. “Eu e o Pai somos um” Jo 10.30. “... porque tudo quanto Ele (o Pai) faz, o Filho o faz igualmente” Jo 5.19. (Veja ainda Hb 1.3).
Aprouve ao Conselho da Santíssima Trindade combinar que o Filho assumisse uma natureza humana e viesse a terra para realizar a obra redentora, morrendo na cruz do Calvário, oferecendo a sua preciosa vida para reconciliar o homem com Deus e salvá-lo da perdição eterna. “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” Jo 1.14. “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para a nossa justificação” Rm 4.25.
Essa encarnação deu-se através da ação do Espírito Santo que gerou o homem Jesus no ventre da bendita virgem Maria. “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espirito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamadoFilho de Deus’ Lc 1.35.
Com a encarnação do Verbo, o Filho de Deus assumiu uma natureza humana completa, passando a possuir a partir de sua concepção duas naturezas distintas: uma humana e a outra divina unidas hipostaticamente, ou seja, as duas naturezas estão unidas em uma só pessoa sem a perda de suas propriedades características. “Há somente uma pessoa no Mediador, e essa pessoa é o imutável Filho de Deus. Na encarnação, Ele não se mudou numa pessoa humana, nem adotou uma pessoa humana. Simplesmente assumiu a natureza humana, que não se tornou uma personalidade independente, mas se tornou pessoal na pessoa do Filho de Deus. Sendo uma só pessoa divina que possuía a natureza divina desde a eternidade, assumiu uma natureza humana, e agora tem as duas naturezas. Depois de assumir uma natureza humana a pessoa do Mediador não é apenas divina, mas divino-humana; é agora o Deus-homem. É um só individuo, mas possui todas as qualidades essenciais tanto da natureza humana como da divina” (Berkhof).
Assim podemos dizer que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Os atos praticados por Jesus em seu ministério foram atos pessoais e não de uma natureza isolada, mas podemos dizer que em seus atos uma das duas naturezas se sobressaiam. Por exemplo: Quando Jesus perdoava pecados era a sua pessoa que fazia isto, mas era a natureza divina que estava sendo posta em ação, pois estava perdoando pecado como Deus e não como homem. Quando Jesus se alimentava era a natureza humana que fazia isso.
O nome Jesus é um nome pessoal e significa salvador, e Cristo é um título e significa ungido. O seu nome completo Jesus Cristo significa Salvador Ungido. O nome Jesus foi dado por Deus quando foi anunciado o seu nascimento. Esse nome é um nome sacrossanto e está acima de todo o outro nome. “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor par a glória de Deus Pai” Fp 2.9-11.
A crença em Jesus é imprescindível para a salvação. Ninguém pode ir para o Céu sem crer em Jesus. “... Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo,...” At 16.31.
Assim sendo, amados, professemos de coração “Creio em Jesus Cristo”, como diz o Credo Apostólico.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
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